Concordo plenamente com a iniciativa. Não falo em nome da instituição a que pertenço, a IPIB, falo enquanto pesquisador, falo como alguém que recentemente concluiu tese de doutorado abordando entre outros aspectos da história do presbiterianismo brasileiro a dimensão racial.
Pesquisas realizados em centro de documentação da PCUSA, local onde ficaram armazenados inumeraveis documentos, cartas, relatórios enviados pelos missionários norte americanos que atuavam no Brasil no período da escravidão, me revelaram o silêncio dos missionários em relação a escravidão no Brasil.
O texto produzido pelo Eduardo Carlos Pereira naquela época não pode ser utilizado como expressão de lutas concretas contra a escravidão, com pena de se cometer grave erro, deve ser visto sim como clara manifestação da culpa da Igreja que era omissa e relapsa -sua fala foi solitária e não serve de amparo maior além dos limites que lhe são impostos.
Depois de cem anos de presbiterianismo independente no Brasil, tivemos finalmente um negro na presidência da IPIB, entretanto, ao término do seu mandato como presidente, em relatório oferecido a assembléia geral da IPI, reunida em Louveira, 2003, cujo registro em atas oficiais número 2, p 2 a 67/2003, assim se expressa:
Pesquisas realizados em centro de documentação da PCUSA, local onde ficaram armazenados inumeraveis documentos, cartas, relatórios enviados pelos missionários norte americanos que atuavam no Brasil no período da escravidão, me revelaram o silêncio dos missionários em relação a escravidão no Brasil.
O texto produzido pelo Eduardo Carlos Pereira naquela época não pode ser utilizado como expressão de lutas concretas contra a escravidão, com pena de se cometer grave erro, deve ser visto sim como clara manifestação da culpa da Igreja que era omissa e relapsa -sua fala foi solitária e não serve de amparo maior além dos limites que lhe são impostos.
Depois de cem anos de presbiterianismo independente no Brasil, tivemos finalmente um negro na presidência da IPIB, entretanto, ao término do seu mandato como presidente, em relatório oferecido a assembléia geral da IPI, reunida em Louveira, 2003, cujo registro em atas oficiais número 2, p 2 a 67/2003, assim se expressa:
"Afirmou-se, quando de nossa eleição, que era muito desconfortável para a Igreja ter um negro na presidência. Só os que são segregados e excluídos sabem traduzir a dor da alma humana quando se manifesta o preconceito. Diziam mais: negro, nordestino, egresso da pobreza nordestina e, para piorar, diretor do seminário. Essa dor tivemos que sofrer, mesmo com o absurdo de senti-la dentro da Igreja de Jesus Cristo. Outras dores também suportamos, por causa da vocação recebida" Leontino Farias dos Santos.Por estas e por outras razões é que me sinto na obrigação de afirmar que o protestantismo histórico, queiram ou não, possue grande responsabiliade no processo social onde nossos irmãos afro ficam as margens. Um grande abraço a todos/as. Rev. Cândido - Sorocaba. SP.
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